12. Tesouro Direto – Parte 1
Olá pessoal! Na postagem anterior
fiz uma comparação entre o CDB e a poupança, continuando nesta linha, vou abordar
outro instrumento de simples e fácil aplicação, mas que poucas pessoas conhecem:
o Tesouro Direto. É uma aplicação mais segura que a poupança e que pode render
muito mais que ela. Para realizar aplicações no Tesouro Direto você precisar
ter um cadastro em uma corretora de valores mobiliários, e para investir é
simples e fácil. Nesta Postagem falarei sobre os principais tópicos e dos
títulos oferecidos com caráter meramente informativo, na postagem seguinte
entrarei em maiores detalhes sobre rentabilidade e afins.
Muitos dos títulos oferecidos
pelo governo apresentam uma remuneração superior os demais títulos de renda
fixa tradicionais como a Poupança e o CDB. Mas o que é o Tesouro Direto? O Tesouro
Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, e não é
preciso ter um grande volume de recursos para realizar as aplicações. A partir
de R$ 30,00 já se pode investir.
As aplicações podem ser feitas
diretamente pela internet e você mesmo analisa os prazos e os indexadores dos
títulos. O que são indexadores? São os índices em que os títulos estão
vinculados, ou seja, existem títulos vinculados ao IPCA, por exemplo, que
sofrerão a correção segundo este índice. Para se investir no tesouro direto é
necessário ter conta em uma corretora de valores. Muitos bancos múltiplos, que
são as grandes instituições bancárias, já oferecem este serviço, bastando para
isso um simples acerto de contrato. Aqui vale a dica de sempre, pesquise a
corretora antes de fechar negócio, as taxas de administração pode variar
bastante o que acabará levando toda a rentabilidade, algumas corretoras nem
cobram esta taxa, fique atento. Existe um ranking das taxas de cobradas pelas corretoras,
no link a seguir estas informações podem ser consultadas: http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consulta_ranking.asp
Existe também a taxa cobrada pela
BM&FBOVESPA, que consiste de uma taxa de custódia de 0,30% a.a. sobre o
valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos títulos e às
informações e movimentações dos saldos: Esta taxa é provisionada diariamente a
partir da liquidação da operação de compra (D+2). Por ser provisionada
diariamente, é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor
mantiver o título, e é cobrada até o saldo de R$1.500.000,00 por conta de
custódia.
Além das taxas cobradas, existe
também a incidência de imposto de renda sobre os rendimentos e as alíquotas são
as mesmas aplicadas ao CDB: 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias; 20%
para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias; 17,5% para aplicações com
prazo de 361 dias até 720 dias; e de 15% para aplicações com prazo acima de 720
dias.
Basicamente existem 6 categorias
de títulos que o Tesouro oferece, são elas: LTN (Letras do tesouro Nacional),
NTN-F (Notas do Tesouro Nacional, série F), NTN-B (Notas do Tesouro Nacional –
Série B – Principal), NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B), LTF (Letras
Financeiras do Tesouro) e NTN-C (Nota do tesouro Nacional – Série C). Cada uma
das categorias tem categorias específicas que listarei abaixo:
LTN (Letras do tesouro Nacional):
A LTN é um título prefixado, o
que significa que possui rentabilidade definida no momento da compra. Esse
título possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação
e recebe o valor de face (valor investido somado à rentabilidade), na data de
vencimento do título.
NTN-F (Notas do Tesouro Nacional,
série F):
A NTN-F também é um título
prefixado, com rentabilidade definida no momento da compra. Porém,
diferentemente da LTN, seu rendimento é recebido pelo investidor ao longo do
investimento, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento
do título, quando do resgate do valor de face (valor investido somado à
rentabilidade) e pagamento do último cupom de juros. O fluxo de cupons
semestrais de juros aumenta a liquidez, possibilitando reinvestimentos.
NTN-B (Notas do Tesouro Nacional –
Série B – Principal):
A NTN-B Principal é um título com
rentabilidade vinculada à variação do IPCA¹, acrescida dos juros definidos no
momento da compra. Esse título permite ao investidor obter rentabilidade em
termos reais, mantendo seu poder de compra ao se proteger de flutuações do IPCA
ao longo do investimento. Esse título é indicado para o investidor que deseja
fazer poupança de médio/longo prazos, inclusive para aposentadoria, compra de
casa própria e outros. Além, disso, normalmente são títulos que possuem prazo
para aplicação bem longo: atualmente contam com investimentos até 2035. A NTN-B
Principal possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação
e resgata o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) na data de
vencimento do título.
NTN-B (Notas do Tesouro Nacional –
Série B):
Assim como a NTN-B Principal, a
NTN-B é um título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA², acrescida
dos juros definidos no momento da compra. Esse título permite ao investidor
obter rentabilidade em termos reais, mantendo seu poder de compra ao se
proteger de flutuações do IPCA durante a aplicação. Apesar de ser o título que
possui o maior prazo para aplicação (atualmente conta com investimentos até
2045), seu rendimento é recebido pelo investidor ao longo do investimento, por
meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento do título, quando
do resgate do valor de face (valor investido somado à rentabilidade) e
pagamento do último cupom de juros.
LTF (Letras Financeiras do
Tesouro):
A LFT é um título pós-fixado cuja
rentabilidade segue a variação da taxa Selic³ , a taxa de juros básica da
economia. Sua remuneração é dada pela variação da taxa Selic diária registrada
entre a data de liquidação da compra e a data de vencimento do título,
acrescida, se houver, de ágio ou deságio no momento da compra. A LFT é indicada
para o investidor que deseja uma rentabilidade pós-fixada indexada à taxa de
juros da economia (Selic). Além disso, o valor de mercado da LFT apresenta
baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda antecipada. Mas também por
isso sua rentabilidade tende a ser mais baixa que a dos demais títulos. A LFT
possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação e
recebe o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) na data de
vencimento do título.
NTN-C (Nota do tesouro Nacional –
Série C):
A NTN-C é um título com
rentabilidade vinculada à variação do IGP-M4, acrescida de juros definidos no
momento da compra. O rendimento da aplicação é recebido pelo investidor ao
longo do investimento, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de
vencimento do título, quando do resgate do valor de face (valor investido
somado à rentabilidade) e pagamento do último cupom de juros. As NTN-C não são
ofertadas para compra no Tesouro Direto desde 2006. Atualmente o Tesouro
Nacional atua apenas na recompra deste título às quartas-feiras.
Para maiores informações acessem:
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/tesouro-direto
O Site é bem simples e objetivo. Existe
até um curso online para testar os conhecimentos e aprender mais sobre o
tesouro, recomendo!
Até a próxima postagem!!
Eduardo Felicíssimo