quinta-feira, 13 de junho de 2013


12. Tesouro Direto – Parte 1

Olá pessoal! Na postagem anterior fiz uma comparação entre o CDB e a poupança, continuando nesta linha, vou abordar outro instrumento de simples e fácil aplicação, mas que poucas pessoas conhecem: o Tesouro Direto. É uma aplicação mais segura que a poupança e que pode render muito mais que ela. Para realizar aplicações no Tesouro Direto você precisar ter um cadastro em uma corretora de valores mobiliários, e para investir é simples e fácil. Nesta Postagem falarei sobre os principais tópicos e dos títulos oferecidos com caráter meramente informativo, na postagem seguinte entrarei em maiores detalhes sobre rentabilidade e afins.

Muitos dos títulos oferecidos pelo governo apresentam uma remuneração superior os demais títulos de renda fixa tradicionais como a Poupança e o CDB. Mas o que é o Tesouro Direto? O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, e não é preciso ter um grande volume de recursos para realizar as aplicações. A partir de R$ 30,00 já se pode investir.

As aplicações podem ser feitas diretamente pela internet e você mesmo analisa os prazos e os indexadores dos títulos. O que são indexadores? São os índices em que os títulos estão vinculados, ou seja, existem títulos vinculados ao IPCA, por exemplo, que sofrerão a correção segundo este índice. Para se investir no tesouro direto é necessário ter conta em uma corretora de valores. Muitos bancos múltiplos, que são as grandes instituições bancárias, já oferecem este serviço, bastando para isso um simples acerto de contrato. Aqui vale a dica de sempre, pesquise a corretora antes de fechar negócio, as taxas de administração pode variar bastante o que acabará levando toda a rentabilidade, algumas corretoras nem cobram esta taxa, fique atento. Existe um ranking das taxas de cobradas pelas corretoras, no link a seguir estas informações podem ser consultadas: http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consulta_ranking.asp

Existe também a taxa cobrada pela BM&FBOVESPA, que consiste de uma taxa de custódia de 0,30% a.a. sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos: Esta taxa é provisionada diariamente a partir da liquidação da operação de compra (D+2). Por ser provisionada diariamente, é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título, e é cobrada até o saldo de R$1.500.000,00 por conta de custódia.

Além das taxas cobradas, existe também a incidência de imposto de renda sobre os rendimentos e as alíquotas são as mesmas aplicadas ao CDB: 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias; 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias; 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; e de 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.

Basicamente existem 6 categorias de títulos que o Tesouro oferece, são elas: LTN (Letras do tesouro Nacional), NTN-F (Notas do Tesouro Nacional, série F), NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B – Principal), NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B), LTF (Letras Financeiras do Tesouro) e NTN-C (Nota do tesouro Nacional – Série C). Cada uma das categorias tem categorias específicas que listarei abaixo:

LTN (Letras do tesouro Nacional):
A LTN é um título prefixado, o que significa que possui rentabilidade definida no momento da compra. Esse título possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido somado à rentabilidade), na data de vencimento do título.

NTN-F (Notas do Tesouro Nacional, série F):
A NTN-F também é um título prefixado, com rentabilidade definida no momento da compra. Porém, diferentemente da LTN, seu rendimento é recebido pelo investidor ao longo do investimento, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento do título, quando do resgate do valor de face (valor investido somado à rentabilidade) e pagamento do último cupom de juros. O fluxo de cupons semestrais de juros aumenta a liquidez, possibilitando reinvestimentos.

NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B – Principal):
A NTN-B Principal é um título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA¹, acrescida dos juros definidos no momento da compra. Esse título permite ao investidor obter rentabilidade em termos reais, mantendo seu poder de compra ao se proteger de flutuações do IPCA ao longo do investimento. Esse título é indicado para o investidor que deseja fazer poupança de médio/longo prazos, inclusive para aposentadoria, compra de casa própria e outros. Além, disso, normalmente são títulos que possuem prazo para aplicação bem longo: atualmente contam com investimentos até 2035. A NTN-B Principal possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação e resgata o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) na data de vencimento do título.

NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B):
Assim como a NTN-B Principal, a NTN-B é um título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA², acrescida dos juros definidos no momento da compra. Esse título permite ao investidor obter rentabilidade em termos reais, mantendo seu poder de compra ao se proteger de flutuações do IPCA durante a aplicação. Apesar de ser o título que possui o maior prazo para aplicação (atualmente conta com investimentos até 2045), seu rendimento é recebido pelo investidor ao longo do investimento, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento do título, quando do resgate do valor de face (valor investido somado à rentabilidade) e pagamento do último cupom de juros.

LTF (Letras Financeiras do Tesouro):
A LFT é um título pós-fixado cuja rentabilidade segue a variação da taxa Selic³ , a taxa de juros básica da economia. Sua remuneração é dada pela variação da taxa Selic diária registrada entre a data de liquidação da compra e a data de vencimento do título, acrescida, se houver, de ágio ou deságio no momento da compra. A LFT é indicada para o investidor que deseja uma rentabilidade pós-fixada indexada à taxa de juros da economia (Selic). Além disso, o valor de mercado da LFT apresenta baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda antecipada. Mas também por isso sua rentabilidade tende a ser mais baixa que a dos demais títulos. A LFT possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido somado à rentabilidade) na data de vencimento do título.

NTN-C (Nota do tesouro Nacional – Série C):
A NTN-C é um título com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M4, acrescida de juros definidos no momento da compra. O rendimento da aplicação é recebido pelo investidor ao longo do investimento, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento do título, quando do resgate do valor de face (valor investido somado à rentabilidade) e pagamento do último cupom de juros. As NTN-C não são ofertadas para compra no Tesouro Direto desde 2006. Atualmente o Tesouro Nacional atua apenas na recompra deste título às quartas-feiras.

Para maiores informações acessem: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/tesouro-direto

O Site é bem simples e objetivo. Existe até um curso online para testar os conhecimentos e aprender mais sobre o tesouro, recomendo!

Até a próxima postagem!!

Eduardo Felicíssimo