domingo, 8 de novembro de 2015

13. Tesouro Direto – Parte 2

Olá pessoal! Faz tempo, desde 13/06/13 que não escrevia aqui, entretanto tudo mudou e mudou para melhor...é mais ou menos, mais ou menos. Na última postagem escrevi sobre o Tesouro Direto, mas de lá para cá, muita coisa mudou, igual ao comercial do shampoo, “Ei  você se lembra da minha voz? Mas os meus cabelos, quanta diferença.” Link para esse comercial clássico!!.

Continuando sobre o Tesouro Direto, eles são títulos públicos que são negociados escrituralmente, ou seja, não existe documento físico que o represente, traduzindo, você não poderá guardá-los em pasta na sua casa, entendeu? Há somente o registro eletrônico.

As rentabilidades dos Títulos variam conforme a sua modalidade, assim, recomenda-se que quando for investir, se utilize do título mais apropriado para a sua finalidade. Exemplo: “Não vou precisar mexer no dinheiro por uns 5 anos” (tá bom, eu sei que você diz isso, mas em 3 meses tá sacando algum dinheiro..rsrsr). Daí, você consulta a data de vencimento do título e verifica se está dentro do prazo desejado. Fique tranquilo, vencimento não quer dizer que você vai ter que pagar alguma coisa nessa data, e sim, que o Tesouro é quem vai depositar na sua conta o valor acordado.

A seguir disponibilizo uma tabela, da página do Tesouro Direto, com a rentabilidade dos títulos em 06/11/2015:


Aqui pode-se verificar que há títulos com vencimentos entre 2016 (LTN) e 2050 (NTNB). Como já expliquei, na postagem anterior, as modalidades de cada um deles, recomendo a leitura para que a opção escolhida seja a mais adequada.

Fica a seguinte dica: Se houver tendência de diminuição da taxa Selic e da inflação, pode-se optar por títulos que remunerem a uma taxa fixa, pois ela será mantida até o final do vencimento. Exemplo: Se a inflação voltar a 2% ao ano (que mentira!!) e a Selic diminuir (Rá yeah yeah!), digamos para módicos 8% ao ano, o título prefixado LTN 2021 estará pagando juros de 15,58% ao ano!!! Muito melhor que qualquer CDB e poupança, uma vez que ele renderá mais do que os indexados, por exemplo, ao IPCA (NTNB) ou à Selic (LTF), pois como esses títulos acompanharão as movimentações desses indicadores. Lembro que em cima dos rendimentos haverá a tributação do imposto de renda retido na fonte (IRRF). O IR, para os títulos públicos, é calculado conforme as seguintes alíquotas (isso se não houver mudança, pois do jeito que as coisas andam, sei não..rsrs):

• 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
• 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias até 360 (trezentos e sessenta) dias;
• 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de 361 (trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias;
• 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte) dias.
Assim, de forma oposta, se houver uma tendência de aumento da inflação e da Selic (aí sim, eu acredito!), recomenda-se os títulos indexados, pois estes acompanharão a movimentação dessas duas variáveis.

Na tabela é possível ver os valores dos títulos, mas não se assuste, você pode adquirir frações desses títulos. Assim, o que eu disse na postagem anterior ainda está valendo.

O Tesouro Direto é uma opção simples e confiável de investir, entretanto, informe-se mais sobre qualquer investimento a ser realizado. Desde a escolha de uma corretora de valores, que será a intermediária nessas operações, até os títulos a serem adquiridos. As corretoras podem cobrar taxas pela administração dos títulos, assim, fique atento a isso, bem como de outras taxas existentes, como a do próprio tesouro, que é a taxa de custódia cobrada pela BM&FBovespa (0,30% ao ano sobre o valor do título).

Deixo aqui dois links interessantes sobre o tesouro direto. O primeiro é a própria página do governo que é bem detalhada e simples, incluindo simuladores, vídeos, como investir, e etc. Recomendo a consulta. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/ja-conhece-o-tesouro-direto#menu>

O segundo link é uma matéria divulgada no Infomoney sobre a rentabilidade do Tesouro Direto. Leitura interessante. Disponível em: <http://www.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/3911969/tesouro-direto-paga-juro-real-por-ano>.

É isso! Até a próxima!

Eduardo Felicíssimo