quinta-feira, 28 de março de 2013


3. Tema específico: Comprar ou alugar um imóvel?

            Na postagem de hoje veremos que nem sempre comprar um imóvel pode ser melhor que alugá-lo, do ponto de vista financeiro. Nos tópicos anteriores discorri sobre a importância da disciplina financeira e do contato com o seu gerente de conta (relacionamento). Esses dois assuntos são de vital importância para este tópico de hoje, pois sem eles, o que escreverei aqui será difícil de ser aplicado.
            Muitas pessoas têm a imagem na cabeça de “posse” das coisas, com se isto significasse um bem (ativo), onde na verdade pode se tratar de uma dívida (passivo). Vou tentar dar um exemplo simples do significado dessas duas palavras, ativo pode ser entendido como algo que traga benefício financeiro para você, por exemplo, uma aplicação em poupança lhe renderá juros, assim, há benefício, neste caso os juros, tornando-se um ativo. Imagine agora que você possua um automóvel para usar nos fins de semana e este implica o pagamento de impostos (ipva), seguros, combustível, entre outros. O automóvel deixa de ter o sentido de “bem”, é na verdade um passivo, pois você tem que fazer desembolsos mensais para mantê-lo (dívida), sem contar que o seu valor de marcado diminui com o uso e idade deste.
            Isto posto, vamos voltar ao tema deste tópico, comprar ou alugar um imóvel. Imaginemos um jovem casal (nossa, ficou parecendo minha mãe falando...rsrs), na faixa de uns 27 anos, ambos trabalhando e que ao longo da suas vidas tenham angariado R$ 50.000,00 e estão decidindo se compram ou alugam um imóvel. Imaginemos também que a renda líquida (após todos os descontos na folha de pagamento) do casal seja de R$ 4.000,00 e tenham despesas mensais de 1.500,00. Ambos ainda moram com seus respectivos familiares, o que representa certa economia com despesas da casa, e com isso, conseguem economizar R$ 1.000,00 por mês e realizam uma aplicação financeira com retorno de 0,5% ao mês. (taxa bem próxima da poupança, que usei visando arredondar as contas).
            Neste exemplo, considerei um apartamento de dois quartos, aqui na zona norte do Rio de Janeiro, mais especificamente em Vila Isabel, meu bairro querido, onde o preço médio de aluguel fica por volta de R$ 1.500,00 e o valor de compra destes em média R$ 300.000,00. Utilizei o simulador da Caixa Econômica Federal (http://www8.caixa.gov.br/siopiinternet/simulaOperacaoInternet.do?method=inicializarCasoUso&isVoltar=true) para verificar o financiamento deste, o que gerou uma parcela de R$ 2.500,00 em média ao longo dos 5 primeiros anos. Montando um fluxo de cada situação (compra e aluguel), chegamos aos seguintes dados:


COMPRA:
ALUGA:
Entrada:
50.000,00
0,00
Renda mensal:
4.000,00
4.000,00
Despesas mensais:
1.500,00
1.500,00
Parcela Financiamento:
2.500,00
0,00
Valor do aluguel:
0,00
1.500,00
Valor livre para investir:
0,00
1.000,00

Podemos observar que se optarem por alugar o imóvel este casal poderá investir 1.000,00 por mês, enquanto que se optarem pela compra não conseguirão realizar este investimento, além de sofrerem o desembolso dos R$ 50.000,00 que economizaram ao longo da vida.
Assim, ao final de 60 meses (5 anos) eles optassem pela compra o imóvel teriam R$ 0,00 de patrimônio, estariam vivendo no limite de suas possibilidades, pois havendo alguma despesa extra haveria problemas, o imóvel não seria de posse deles, uma vez que isto só acontece quando se quita o financiamento, e com uma dívida (saldo devedor) junto ao credor de R$ 187.499,80.
Agora, se este casal decidisse pelo aluguel durante 5 anos, teriam um patrimônio de R$ 135.870,40, juros ativos mensais crescentes de R$ 671,00, não teriam dívidas. Se este ciclo continuasse por mais 5 anos (totalizando 10 anos de investimento), teriam um patrimônio de R$ 253.038,84, juros ativos de R$ 1.253,92 e continuariam sem dívidas.
Em qual das duas situações haveria mais conforto financeiro? Na compra ou no aluguel? Em qual situação se um dos dois perdesse o emprego ou decidisse focar em estudos para concurso por 1 ano, por exemplo, teria mais condição para isso? Sem dúvida a resposta é a segunda opção, ou seja, alugando o imóvel.
Este exemplo focou a parte financeira do problema, não foi levado em conta o famoso “sonho da casa própria” e da nossa cultura de “posse” como sinônimo de “bem”. A inflação não foi considerada, entretanto os reajustes salariais também não o foram, o que acaba um compensando o outro.
Espero que este post tenha ao menos apresentado um ponto de vista diferente que possa ajudar nas decisões futuras. Vamos que vamos! Não deixem de votar e comentar! Até o próximo post!! Feliz Páscoa a todos!!
Saudações,
      Eduardo Felicíssimo

quinta-feira, 21 de março de 2013


2.Temas: Professor, Gerente de Relacionamentos e, Currículo.

            Olá a todos!! Neste novo post vou falar sobre gerente de relacionamentos, professor e currículo, que pode não parecer, mas existe certa relação entre eles. Uma boa relação com o gerente pode proporcionar ganhos para a sua vida financeira, seja num financiamento com juros mais baixos, seja num investimento com melhores retornos e, sem dúvida, na escolha de um seguro ou consórcio.
            Vamos entender primeiro o que o professor tem a ver com isso. Simples, o relacionamento com um gerente deve ser similar ao de um professor, deve haver respeito mútuo e procurar “ouvir” seus conselhos e experiências. Se você chegava sempre no horário das aulas, ficava até o final das aulas, fazia perguntas, entregava os trabalhos e exercícios no prazo, e mostrava interesse, com certeza teria a compaixão de um professor caso precisasse de alguns décimos (ou até mesmo alguns pontos) para passar de ano. Quem já precisou de pontos para passar, vai entender, ou lembrar, o que os professores sempre falam nestas horas!!!
Mais ou menos assim deve ser o relacionamento com o gerente da sua conta bancária. Você não precisa ser “amigo” do "cara", basta saber seu nome, ter em mão seu telefone, caso precise resolver algum problema financeiro de última hora, sua índole, (pois o bom caráter é fundamental para uma relação de confiança), e perceber quais oportunidades ele pode oferecer. Palavras do meu amigo Marcello Dantas: “É por meio deste profissional que as principais instituições financeiras procuram se aproximar de seus principais clientes, criando afinidade, entendendo suas necessidades e formulando produtos que se adequem ao perfil de seus clientes”.
            “Entretanto, para que essa nova forma de reação possa de fato existir, deve-se entender e avaliar dois pontos importantes. O primeiro ponto trata da responsabilidade que os próprios clientes devem ter em procurar conhecer seu gerente. Isso passa desde a atualização de seu cadastro perante seu banco, como até ir pessoalmente à agência saber quem é a pessoa responsável por cuidar de sua saúde financeira. O segundo ponto e mais importante, discorre sobre a atuação do gerente perante seu cliente. A forma como ele se porta ao recebê-lo em sua agência, linguajar e postura adequados ao seu ambiente de trabalho e de quanto em quanto tempo ele se preocupa em contatar seu cliente para saber se ele precisa de algo pelo menos a cada noventa dias, estreitando a relação cliente e banco”.
            Assim, este relacionamento deve ser igual a um currículo (podem acreditar, rsrsr), você deve sempre mantê-lo atualizado e, sempre tê-lo a mão (no caso do gerente o telefone, certo?). Quem já não perdeu uma oportunidade por não ter um currículo atualizado na mão? Parece lei de Murph, “Cara aqui na empresa surgiu uma oportunidade para você me manda seu currículo agora!!” e pronto, cadê ele???!!!
         Volto a frisar, muitos não sabem que, podem pagar menos tarifas, ter investimentos com retornos melhores simplesmente batendo um “papo” com o gerente.
Termino este post com as palavras do Marcello, “[...] o gerente é um serviço que gera custo (investimento), que é pago através de serviços e tarifas cobradas junto aos clientes e que deve ser valorizado não só pela empresa como também pelos clientes”.
            Até próximo post!!

quarta-feira, 6 de março de 2013


1.Temas: Basquete, Disciplina Financeira e, Escovar os dentes.

É com muita emoção, alegria e, sofrimento, devido às chuvas de ontem (05/03) que escrevo este primeiro texto, e desejo a todos uma boa leitura.

Bom, neste artigo vou comentar sobre Basquete, disciplina financeira e escovar os dentes. Vocês podem pensar: “Tá maluco, essas coisas não têm nada a ver!” rsrsr realmente, depende do ponto de vista.

O basquete, como todo esporte de competição, requer uma dedicação contínua e uma rotina forte de treinamentos. Sempre admirei o grande jogador Oscar Schimdt, que reclamava pacas quando o chamavam de “mão-santa”, este sempre retrucando: “mão-santa o escambau, minha mão é treinada!”.

O exemplo serve como uma luva para a formação de uma disciplina financeira. A disciplina financeira é como qualquer esporte, requer prática, e dedicação, pois, não adianta fazer uma vez por mês e achar que está tudo bem. Tem que ser praticada até se tornar um hábito. Beleza, muito blábláblá, mas o que é disciplina financeira? Disciplina financeira, em caráter pessoal, pode ser entendida como uma rotina de controle sobre gastos e recebimentos, e está diretamente ligada ao orçamento pessoal, que será assunto para outra conversa. A importância da disciplina financeira está em planejar os gastos e maximizar os recebimentos, valorando os recursos que você possuir.

Perguntas simples, como por exemplo: “Realmente preciso comprar essas 5 peças de roupa de uma vez?” (mulheres, juro que não foi intencional), podem ajudar na hora do controle do impulso. O impulso é como uma criança num parque de diversões, se não controlar a danada (ou o danado) vai querer andar em todos os brinquedos e haja grana! Rsrsr.

Tá bom, já sei, “e o que tem a ver com escovar os dentes?” você deve estar se perguntando, simples, escovar os dentes é um hábito, a gente faz no automático, o nosso cérebro controla esta atividade de maneira quase subconsciente. (Já percebeu que você sempre começa escovando os dentes sempre da mesma maneira, primeiro de um lado, depois o outro, a dosagem da pasta de dente, os bochechos, e etc.?). Se a disciplina financeira for praticada tenderá a se tornar um hábito. Pratiquem! 
Até o próximo post! 

Sds.

Eduardo Felicíssimo