5. Tema específico: Cartão de Crédito. Herói ou vilão?
Hoje, abordarei
algumas desconfianças que o cartão de crédito gera para as pessoas. Para alguns
pode atuar como um vilão, e para outros pode ser um facilitador para atingir
objetivos determinados. Traduzindo, o cartão de crédito pode ser bom ou mau,
dependendo da disciplina financeira de quem o utilizar (já comentei sobre disciplina
financeira na primeira postagem em 07/03/13). Provavelmente voltarei a abordar
este tema em outras postagens. Peço desculpas pelas tabelas desta postagem, que não consegui editar de maneira satisfatória.
A seguir, nos
próximos dois parágrafos, apresento a história da criação do cartão de crédito,
segundo a página do InfoEscola (vocês podem acessar o texto completo em : http://www.infoescola.com/economia/historia-do-cartao-de-credito/).
“... a história
do cartão de crédito teve início em um restaurante, na cidade de Nova York, em
meados de 1950. O executivo Frank MacNamara e seus convidados, após um jantar
no referido restaurante, perceberam que haviam esquecido talões de cheque e
dinheiro, e, portanto, não tinham como pagar. Sem outra saída diante da
situação, o dono do restaurante aceitou que o executivo pagasse a conta no dia
seguinte, sob uma condição: que MacNamara assinasse a conta com as despesas.
Resolvido o problema, o executivo se deu conta do potencial de um “cartão de
crédito””.
“No mesmo ano foi lançado o primeiro cartão
de crédito, o Diners Club Card, a princípio aceito em 27 restaurantes do país,
e, com aproximadamente 200 clientes (grande parte executivos conhecidos de
MacNara) que utilizaram tal serviço para o pagamento de despesas em viagens.
Inicialmente foi feito de papel cartão, tendo de um lado o nome do cliente, e
do outro o nome dos estabelecimentos que o aceitavam. A partir de 1955, passou
a ser feito de plástico”.
História
contada, vamos ao que interessa: vantagens e desvantagens. Do ponto de vista financeiro
o cartão representa um “crédito” junto a uma instituição administradora deste e
geralmente com um vínculo em instituição bancária. Assim, uma das vantagens é
possuir um “crédito” sem precisar de uma grande burocracia, pois muitos bancos
oferecem este serviço ao cliente. Encontrei um texto de autoria de Eliana
Bussinger na página Vya Estelar, bem interessante sobre isto, onde são
apontadas 10 vantagens e 5 desvantagens de se possuir um cartão de crédito,
segue link http://www2.uol.com.br/vyaestelar/cartao_de_credito01.htm
De acordo com
o texto citado, seguem as vantagens e desvantagens resumidas.
Vantagens
|
Desvantagens
|
1 -
Conveniência
|
1 -
Ilusão de ter o "dinheiro no bolso"
|
2 -
Segurança
|
2 -
Gastos além do orçamento
|
3 -
Útil em emergências
|
3 -
Juros abusivos para pagamento mínimo da fatura
|
4 -
Fluxo de 40 dias
|
4 -
Fraude
|
5 -
Poder de compra
|
5 -
Perda de controle
|
6 -
Utilização internacional
|
|
7 -
Parcelamento sem juros
|
|
8 -
Prêmios, descontos ou programas de milhas
|
|
9 -
Desburocratiza a solicitação de crédito
|
|
10 -
Facilita o planejamento e orçamento
|
Vantagens e
desvantagens apresentadas, pergunto: vamos montar um fluxo tendo a ideia da
regra dos 10 dias em mente? Não? Beleza, mas vou fazer assim mesmo...rsrsrs.
Supondo que se
utilize um cartão com o programa de “Cash Back” (não é nenhuma equipe de som de
funk carioca não!), que se trata de um percentual que é retornado como um “desconto”
na fatura, ou seja, dentro do valor da sua fatura, um percentual é devolvido,
acarretando em uma diminuição do valor a pagar. Esses programas variam de
acordo com o banco e renda do cliente, mas em regra, é fácil conseguir um
programa que lhe reembolse 1,5% de suas despesas. Para maiores informações,
existe um link da revista Exame, que faz uma comparação entre cartões de
crédito, que é bem interessante, podendo comprar vários deles, segue o link: http://exame.foregon.com/buscador/CartaoCredito.aspx.
Voltando ao
fluxo, como usaremos a regra dos 10 dias (em caso de dúvida leia a postagem de 04/04/13),
isso quer dizer que poderemos aplicar o valor da fatura na poupança, o que
gerará um rendimento mensal. Assim, simulando as despesas mensais em três
valores 1.500,00; 3.000,00; e 5.000,00, teríamos o seguinte resumo:
Despesas
|
1.500,00
|
3.000,00
|
5.000,00
|
Cartão
|
270,00
|
540,00
|
900,00
|
Poupança
|
75,49
|
150,97
|
251,62
|
Total
|
345,49
|
690,97
|
1.151,62
|
Entendendo a
tabela: Para as despesas mensais de R$ 1.500,00, se utilizando do programa de “Cash
Back” a 1,5% ao mês, isto gerará R$ 22,50 (1.500,00 x 1,5% = 22,50), ao longo
de 12 meses isto representa, R$ 270,00. O rendimento da poupança deste fluxo,
representaria R$ 6,15 mensais (1.500,00 x 0,41% = 6,15), acumulando ao longo do
ano, R$ 75,49. No total, ambas somariam R$ 345,49! Para uma despesa mensal de
3.000,00 os valores mensais seriam de R$ 45,00 pelo uso do “Cash Back” e de R$
12,30 pelos rendimentos da poupança, totalizando em 12 meses os valores
acumulados de 540,00 e 150,97 respectivamente. O mesmo se aplicando a despesa
de 5.000,00, mensais teríamos os valores de R$ 75,00 pelo programa “Cash Back”e
20,50 pelos rendimento das poupança, em cada mês, somando R$ 900,00 e R$ 251,62
respectivamente ao final de cada ano.
Reitero, se não ficou
claro como o fluxo foi montado, sugiro que leiam a postagem anterior de
04/04/13 sobre como realizar este fluxo.
Que fique entendido
que o valor do reembolso do programa “Cash Back” não significa “dinheiro vivo”,
não sendo possível aplicar esta quantia, somente se trata de um “desconto” na
fatura do cartão, e que pode haver um limite mínimo de resgate.
Algumas
pessoas preferem fazer pagamentos com o cartão de “débito” ao invés do cartão
de “crédito”, o que tem seu lado bom e ruim. O lado bom é que você não fica com
uma despesa futura para pagar, o lado ruim é que você não se beneficia deste
fluxo, uma vez que não existe política de “Cash Back” para “cartões de débito”
(ao menos que eu conheça).
Como demonstrado,
no fim de ano, você poderá se beneficiar de R$ 345,49 tendo despesas mensais de
R$ 1.500,00 no cartão de crédito, de 690,97 para despesas de 3.000,00 e de
1.151,62 para despesas de 5.000,00. Não seria bom começar o ano com esse
Din-din na conta para aliviar exatamente as despesas inerentes a esta época,
como IPVA, contribuições, material escolar dos filhos, matrícula escolar, IPTU,
enfim uma enormidade de despesas que sempre surgem ao início de cada ano? Com certeza!
Lembro que neste
fluxo, o Din-din gerado não requereu nenhuma privação de consumo. Foi concebido
usando a inteligência de ter um bom programa de benefícios vinculados ao cartão
de crédito e da regra dos 10 dias!
Logicamente,
se o seu cartão possuir anuidade, o valor gerado no fluxo deve ser descontado
deste pagamento. Daí vale a dica de conversar com o seu gerente de
relacionamentos e verificar as possibilidades de não haver cobrança de
anuidade, ou que elas sejam suavizadas.
O pobre
coitado do cartão de crédito é sempre acusado de “vilão”, “bandido”, “safado”, “tentação”,
(para não dizer outros adjetivos pejorativos) mas pode muito bem assumir o
papel de “mocinho”, ”herói” e até mesmo de “amigão”, pois estes adjetivos estão
diretamente ligados à forma da sua utilização.
Os valores agora
são mais relevantes do que o fluxo somente em se utilizando da regra dos 10
dias demonstrado na postagem de 04/04/13, no mínimo os R$ 345,49 gerados pelas despesas
mensais de R$ 1.500,00, podem no final de ano ajudar na compra de um belo par
de sapatos para a dona patroa, não é mesmo? (tem que fazer uma graça de vez em
quando, se não acaba o amor...rsrsrs).
Espero ter
ajudo nesta primeira abordagem sobre o tema. O próximo tema será o custo de
aquisição de um carro, abordarei o ponto de vista oriundo da seguinte pergunta:
vale a pena comprar um carro ou andar de táxi?
Até a próxima
postagem!
Eduardo Felicíssimo
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