quinta-feira, 11 de abril de 2013


5. Tema específico: Cartão de Crédito. Herói ou vilão?

           
Hoje, abordarei algumas desconfianças que o cartão de crédito gera para as pessoas. Para alguns pode atuar como um vilão, e para outros pode ser um facilitador para atingir objetivos determinados. Traduzindo, o cartão de crédito pode ser bom ou mau, dependendo da disciplina financeira de quem o utilizar (já comentei sobre disciplina financeira na primeira postagem em 07/03/13). Provavelmente voltarei a abordar este tema em outras postagens. Peço desculpas pelas tabelas desta postagem, que não consegui editar de maneira satisfatória.
A seguir, nos próximos dois parágrafos, apresento a história da criação do cartão de crédito, segundo a página do InfoEscola (vocês podem acessar o texto completo em : http://www.infoescola.com/economia/historia-do-cartao-de-credito/).
“... a história do cartão de crédito teve início em um restaurante, na cidade de Nova York, em meados de 1950. O executivo Frank MacNamara e seus convidados, após um jantar no referido restaurante, perceberam que haviam esquecido talões de cheque e dinheiro, e, portanto, não tinham como pagar. Sem outra saída diante da situação, o dono do restaurante aceitou que o executivo pagasse a conta no dia seguinte, sob uma condição: que MacNamara assinasse a conta com as despesas. Resolvido o problema, o executivo se deu conta do potencial de um “cartão de crédito””.
  “No mesmo ano foi lançado o primeiro cartão de crédito, o Diners Club Card, a princípio aceito em 27 restaurantes do país, e, com aproximadamente 200 clientes (grande parte executivos conhecidos de MacNara) que utilizaram tal serviço para o pagamento de despesas em viagens. Inicialmente foi feito de papel cartão, tendo de um lado o nome do cliente, e do outro o nome dos estabelecimentos que o aceitavam. A partir de 1955, passou a ser feito de plástico”.
História contada, vamos ao que interessa: vantagens e desvantagens. Do ponto de vista financeiro o cartão representa um “crédito” junto a uma instituição administradora deste e geralmente com um vínculo em instituição bancária. Assim, uma das vantagens é possuir um “crédito” sem precisar de uma grande burocracia, pois muitos bancos oferecem este serviço ao cliente. Encontrei um texto de autoria de Eliana Bussinger na página Vya Estelar, bem interessante sobre isto, onde são apontadas 10 vantagens e 5 desvantagens de se possuir um cartão de crédito, segue link http://www2.uol.com.br/vyaestelar/cartao_de_credito01.htm
De acordo com o texto citado, seguem as vantagens e desvantagens resumidas.

Vantagens
Desvantagens
1 - Conveniência
1 - Ilusão de ter o "dinheiro no bolso"
2 - Segurança
2 - Gastos além do orçamento
3 - Útil em emergências
3 - Juros abusivos para pagamento mínimo da fatura
4 - Fluxo de 40 dias
4 - Fraude
5 - Poder de compra
5 - Perda de controle
6 - Utilização internacional

7 - Parcelamento sem juros

8 - Prêmios, descontos ou programas de milhas

9 - Desburocratiza a solicitação de crédito

10 - Facilita o planejamento e orçamento


Vantagens e desvantagens apresentadas, pergunto: vamos montar um fluxo tendo a ideia da regra dos 10 dias em mente? Não? Beleza, mas vou fazer assim mesmo...rsrsrs.
Supondo que se utilize um cartão com o programa de “Cash Back” (não é nenhuma equipe de som de funk carioca não!), que se trata de um percentual que é retornado como um “desconto” na fatura, ou seja, dentro do valor da sua fatura, um percentual é devolvido, acarretando em uma diminuição do valor a pagar. Esses programas variam de acordo com o banco e renda do cliente, mas em regra, é fácil conseguir um programa que lhe reembolse 1,5% de suas despesas. Para maiores informações, existe um link da revista Exame, que faz uma comparação entre cartões de crédito, que é bem interessante, podendo comprar vários deles, segue o link: http://exame.foregon.com/buscador/CartaoCredito.aspx.
Voltando ao fluxo, como usaremos a regra dos 10 dias (em caso de dúvida leia a postagem de 04/04/13), isso quer dizer que poderemos aplicar o valor da fatura na poupança, o que gerará um rendimento mensal. Assim, simulando as despesas mensais em três valores 1.500,00; 3.000,00; e 5.000,00, teríamos o seguinte resumo:

Despesas
1.500,00
3.000,00
5.000,00
Cartão
270,00
540,00
900,00
Poupança
75,49
150,97
251,62
Total
345,49
690,97
1.151,62

Entendendo a tabela: Para as despesas mensais de R$ 1.500,00, se utilizando do programa de “Cash Back” a 1,5% ao mês, isto gerará R$ 22,50 (1.500,00 x 1,5% = 22,50), ao longo de 12 meses isto representa, R$ 270,00. O rendimento da poupança deste fluxo, representaria R$ 6,15 mensais (1.500,00 x 0,41% = 6,15), acumulando ao longo do ano, R$ 75,49. No total, ambas somariam R$ 345,49! Para uma despesa mensal de 3.000,00 os valores mensais seriam de R$ 45,00 pelo uso do “Cash Back” e de R$ 12,30 pelos rendimentos da poupança, totalizando em 12 meses os valores acumulados de 540,00 e 150,97 respectivamente. O mesmo se aplicando a despesa de 5.000,00, mensais teríamos os valores de R$ 75,00 pelo programa “Cash Back”e 20,50 pelos rendimento das poupança, em cada mês, somando R$ 900,00 e R$ 251,62 respectivamente ao final de cada ano.
Reitero, se não ficou claro como o fluxo foi montado, sugiro que leiam a postagem anterior de 04/04/13 sobre como realizar este fluxo.
Que fique entendido que o valor do reembolso do programa “Cash Back” não significa “dinheiro vivo”, não sendo possível aplicar esta quantia, somente se trata de um “desconto” na fatura do cartão, e que pode haver um limite mínimo de resgate.
Algumas pessoas preferem fazer pagamentos com o cartão de “débito” ao invés do cartão de “crédito”, o que tem seu lado bom e ruim. O lado bom é que você não fica com uma despesa futura para pagar, o lado ruim é que você não se beneficia deste fluxo, uma vez que não existe política de “Cash Back” para “cartões de débito” (ao menos que eu conheça).
Como demonstrado, no fim de ano, você poderá se beneficiar de R$ 345,49 tendo despesas mensais de R$ 1.500,00 no cartão de crédito, de 690,97 para despesas de 3.000,00 e de 1.151,62 para despesas de 5.000,00. Não seria bom começar o ano com esse Din-din na conta para aliviar exatamente as despesas inerentes a esta época, como IPVA, contribuições, material escolar dos filhos, matrícula escolar, IPTU, enfim uma enormidade de despesas que sempre surgem ao início de cada ano? Com certeza!
Lembro que neste fluxo, o Din-din gerado não requereu nenhuma privação de consumo. Foi concebido usando a inteligência de ter um bom programa de benefícios vinculados ao cartão de crédito e da regra dos 10 dias!
Logicamente, se o seu cartão possuir anuidade, o valor gerado no fluxo deve ser descontado deste pagamento. Daí vale a dica de conversar com o seu gerente de relacionamentos e verificar as possibilidades de não haver cobrança de anuidade, ou que elas sejam suavizadas.
O pobre coitado do cartão de crédito é sempre acusado de “vilão”, “bandido”, “safado”, “tentação”, (para não dizer outros adjetivos pejorativos) mas pode muito bem assumir o papel de “mocinho”, ”herói” e até mesmo de “amigão”, pois estes adjetivos estão diretamente ligados à forma da sua utilização.
Os valores agora são mais relevantes do que o fluxo somente em se utilizando da regra dos 10 dias demonstrado na postagem de 04/04/13, no mínimo os R$ 345,49 gerados pelas despesas mensais de R$ 1.500,00, podem no final de ano ajudar na compra de um belo par de sapatos para a dona patroa, não é mesmo? (tem que fazer uma graça de vez em quando, se não acaba o amor...rsrsrs).
Espero ter ajudo nesta primeira abordagem sobre o tema. O próximo tema será o custo de aquisição de um carro, abordarei o ponto de vista oriundo da seguinte pergunta: vale a pena comprar um carro ou andar de táxi?
Até a próxima postagem!
            Eduardo Felicíssimo

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